Poucos como o Manha

Quem me segue sabe que sou o mais critico possível com os jornalistas desportivos, normalmente aqui tratados abaixo de cão, o que se entende se pensarmos que eu gosto de cães.

Normalmente divido os 'junta-letras' em 4 categorias:

1. Os corruptos (que não posso dar exemplos por manifesta falta de dinheiro para advogados)
2. Os serviçais, aqueles que não sendo corruptos estão atados ao sistema 
3. Os incompetentes a grande maioria deles (se fossem bons não estavam ali)
4. Um numero residual de alguns verdadeiros heróis e é nesta categoria que coloco o Manha.

Já escrevi uma vez acerca da Leonor Pinhão, hoje quero escrever acerca do João Querido Manha:

Muitas vezes, mais no Correia da Manhã que no Record (que nunca leio sem ser online) olho para o trabalho do Manha como, quando era miudo, olhava para os artistas do Poço da Morte na Feira Popular e digo:  "Ó caraças... isso é capaz de ser perigoso". Para exemplificar o que quero dizer vou citar o que ele escreveu hoje no pasquim do Alex Pais (parte online):

"André Villas-Boas lançou ontem uma operação de promessa de aquisição de Hulk, no seguimento do “rendez-vous” de Manchester, confiante no desvelo do oligarca russo que há cerca de dez anos vem generosamente ajudando a pagar as contas do FC Porto. A imagem de felicidade que irradiava do reencontro destes belos espíritos tanto podia decorrer das mais-valias que o negócio lhes proporcionará, como da promessa de golos e espetáculo que a categoria do brasileiro oferece."

Estão a imaginar mais algum jornalista escrever uma coisa destas? O João Querido Manha pode não andar à vontade nas ruas Escuras a norte do Douro,  raramente é convidado a dar a sua opinião nas TVs do sistema mas merece o meu respeito e admiração e isso num jornalista desportivo português é quase como ganhar um Pulitzer deste blogue.