Para os meus caros leitores que já estão a pensar, "Este gajo endoidou de vez" deixem-me explicar:
Durante anos achei que o poder do andrupto-mor era alicerçado não só na corrupção através da 'fruta' conforme podemos constatar nas escutas do 'apito dourado' mas sobretudo através de um clima de intimidação dos agentes desportivos ao ser criada, e por si e pelos seus confrades, a ideia de que Pinto da Costa era implacável para com os que não o servissem, tendo até alcançado a alcunha de "Papa Todo-poderoso do futebol português".
Esse clima de intimidação fez com que durante longos anos, o subconsciente de qualquer agente desportivo, em caso de duvida, beneficiasse os andruptos, mesmo sem ser em troca de putas, viagens ou dinheiro. Bastava o medo!
Com a chegada de Bruno de Carvalho à presidência da lagartada é iniciada a luta de intimidação dos agentes desportivos para roubar esse ascendente psicológico sobre os árbitros para o Sporting. É a época das esperas a familiares de árbitros e dirigentes, de ataques a talhos, de visitas a infantários frequentados por filhas de árbitros e outras medidas avulsas com a intenção de amedrontar os agentes desportivos. Até que se dá o caso dos 3 minutos da Taça da Liga e com a derrota em toda a linha do mauzão Badocha percebeu-se que o poder continuava onde sempre esteve e que a linha dura do leão de Alvalade não passava de mero arranhão dum gatinho do Lumiar.
Surge então um dado novo. A BTV, e com ela a impossibilidade do sistema manipular a opinião em 50% dos jogos do Benfica. Perante isso e numa tentativa desesperada de atacar o Benfica, Rui azeiteiro Santos lança uma ofensiva em larga escala dizendo que era o nosso Glorioso que controlava a arbitragem, mesmo que fosse óbvio o contrário.
No entanto, como todas as ideias que surgem de mentes tacanhas também esta ideia do azeiteiro deu o resultado inverso: Em vez de prejudicar o Benfica essa campanha acabou por nos beneficiar pois retirou do subconsciente dos árbitros o medo de errar contra os andruptos.
Esta semana o azeiteiro ainda nos deu mais uma ajudinha na caminhada rumo ao TRI: ao atribuir a descida do inenarrável e incompetente Marco Ferreira ao poder que, segundo ele, o Benfica teria na FPF mais precisamente no seu conselho de arbitragem.
Com isso, Rui azeiteiro Santos transferiu no subconsciente dos árbitros o medo de errar contra os andruptos pelo medo de errar contra o Benfica.
Quem estudou um pouco de psicologia sabe que grande parte das decisões impulsivas são feitas baseadas em percepções inconscientes. Se, inconscientemente, os árbitros acharem que assinalar um penalti na Luz contra o Benfica os pode, eventualmente, prejudicar na carreira, eles farão o que fizeram durante duas décadas nas Antas: Olham para o chão!
E é esta mudança do pseudo-poder que devemos agradecer de modo especial ao Rui azeiteiro Santos.
Obrigado azeiteiro