Análise ao plantel - parte II

Hoje decidi mandar uns bitaites sobre a defesa.

Na lateral direita temos o Maxi Pereira, jogador que simboliza tudo aquilo que queremos para o Benfica: raça, querer e ambição. Numa altura, em que muito se tem falado do facto de o Benfica jogar sem portugueses e da perda de mística que poderá vir associada a isto, eu digo que prefiro ter o Maxi a jogar, do que 6 putos da cantera que pedem para sair ao fim de 3 bons jogos. Para além da raça que transporta consigo, o Maxi é tb um belíssimo jogador, que faz da regularidade e do equilíbrio em todos os momentos do jogo as suas principais armas.

Sendo o Maxi o único lateral direito de raíz, penso que o Benfica não terá grandes problemas neste sector, pois o Ruben Amorim já demonstrou, por mais do que uma vez, que não é estranho à posição. O Ruben é, um pouco, um jogador à imagem do Maxi. Forte nos equilíbrios defensivos e afoito no apoio ao ataque.

Na faixa central temos o Luisão e o Garay como donos dos lugares no onze titular.

Luisão é o capitão, já com largos anos de casa e que sempre manteve um nível exibicional elevado. É um jogador quase insuperável no jogo aéreo, e que, ao longo dos anos, aprendeu a disfarçar algumas insuficiências ao nível da velocidade através de um posicionamento quase perfeito em campo.

O Garay é um jogador que, apesar de ainda muito jovem, tem já muita maturidade e experiência ao mais alto nível, a que não é alheio o facto de ter jogado alguns anos na liga espanhola. É, na minha opinião, uma excelente contratação, e, tal como o Luisão, destaca-se pela excelência do seu jogo aéreo e excelente colocação no terreno. É ainda uma exímio marcador de livres.

Este é um dos postos onde penso que o Benfica, inevitavelmente, ainda se irá reforçar. As alternativas aos titulares resumem-se a Miguel Vitor, Jardel, Roderick e Fábio Faria. De todos estes, apenas o Miguel Vitor me dá alguma segurança. O Jardel poderá ser usado como moeda de troca num leilão da remax, o Roderick precisa de rodar urgentemente e o Fábio Faria é fraquinho.

Na lateral esquerda temos o Emerson e o Capdevilla.

O Emerson tem sido, para mim, uma agradável surpresa. Confesso que não o conhecia mas tem-se imposto na equipa, e demonstrado que é uma opção muito útil neste plantel. É um jogador seguro a defender que, contudo, não dá muita profundidade ofensiva à equipa.

O Capdevilla dispensa apresentações. Campeão do Mundo e da Europa pela Espanha, é, apesar dos 33 anos, uma mais valia em qualquer plantel do mundo.