Uma das nossas fragilidades:

Não saber defender os 'nossos'

Repare-se na noticia:

Já passaram uns anos desde que Manuel Cajuda assumiu publicamente que era benfiquista. Ainda hoje se admira pela surpresa que essa declaração provocou, como se os outros treinadores não tivessem clube de preferência.

Todos sabemos que é assim... os Benfiquistas assumidos são normalmente alvo de segregação no nosso futebol sem que nós façamos nada para o impedir. 

Quando por exemplo, um antigo capitão do 'escrete' e campeão angolano como treinador (e já agora o primeiro adjunto de Mourinho) assume os destinos de um clube da primeira divisão sente-se um burburinho dos junta-letras amestrados e dos cumentadeiros do costume, uma espécie de indignação encapotada, mas quando treinadores adjuntos ou outros desconhecidos (como o cunhado do Vitinho) desde que ligados aos andruptos, assumem clubes da Liga Sagres, aí lembra-se o passado como jogador e aplaude-se a aposta nos jovens como foi o caso da Académica ou agora do Olhanense.

Podem os meus caros leitores pensar que nada podemos fazer contra isso, mas podemos, parafraseando o Obama: 'Yes we can' e como uma revolução está fora do contexto actual, temos de usar o poder económico do nosso lado para lutar contra a vergonha que se passa na comunicação social portuguesa. 

Ontem, quando à noite fui aqui ao Shopping registar o Euromilhões e olhei para a bancada dos jornais e em vez da habitual resma de pasquins do Censor para devolver, vi uma banca vazia pensei: - "O Vieira, com a sua entrevista e os Benfiquistas com a sua ânsia de ler o que ele disse, pagaram uns meses de avença ao Miguel 'plagiador' Tavares, ao Eduardo 'de cócoras' Barroso e ao 'Fui' Moreira para todas as semanas, de forma sistemática atacar os 'nossos'" - e fiquei triste!