quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A Guerra Civil do Benfica, capitulo IV



Com a chegada no inicio de 1994, do JetSet de Cascais à direcção do clube, a nova oposição começa a germinar estratégias com tudo o que possa beliscar a reputação do Presidente Damásio, começam a surgir as piadas com a sua esposa Margarida especialmente após a inauguração da capela da Luz, algo tão inapropriado como, diga-se de passagem inócuo. Não consta que algum avançado tenha falhado um golo por estar a olhar para a cruz ou que os nossos defesas tenham ficado desatentos por terem ido rezar.

O facto de estar agora no poder quem antes fazia guerrilha, fez com que Toni se visse na posição que anos mais tarde se haveria de encontrar Mourinho: tinha uma direcção que não o tinha escolhido mas que o tinha de 'gramar' só esperando uma oportunidade para correr com ele.

Essa oportunidade haveria de surgir já perto do final da época quando, a equipa já com ar cansado e com um Rui Costa em baixa e um Isaias desanimado recebe o Estrela da Amadora em vésperas de ir a Alvalade decidir o titulo e deixa-se empatar 1-1 depois de estar a ganhar 1-0.

Foi o suficiente para que a direcção, tomasse a atitude que já antes tinha planeado, correr com o derrotado e 'pouco sofisticado' Toni, um básico, e ir buscar o Doutor/Escritor/Filósofo Artur Jorge, personagem que se enquadrava muito melhor nas festas da Quinta da Marinha.

A problema surgiu depois... uns dias apenas depois, contra todas as previsões, o cabisbaixo Benfica vai a Alvalade e goleia o Sporting de Figo, Balakov, Paulo Sousa entre outros por 3-6 e parte para o Minho com avanço pontual bastando para sermos campeão levar de vencida o Gil Vicente. A direcção do clube de Barcelos, sabendo que lhe tinha saído a sorte grande (não havia ainda Euromilhões) muda o jogo para o Municipal de Braga e é aí que um Toni em lágrimas e despedido se sagra novamente campeão na época mais difícil da história do Benfica. 

Desde essa altura nunca mais um treinador do Benfica foi consensual, nunca mais... 

Artur Jorge pega na equipa e faz uma revolução levando a um fatal distanciamento dos adeptos que não entendiam aquela nova forma de trabalhar: dispensar Isaias e Vitor Paneira para ir buscar Nelos e Tavares era algo que o comum Benfiquista não conseguia entender, deixando por vezes a Catedral com apenas 2 ou 3 mil (se tanto... estive num jogo à chuva com menos que isso, de certeza) indefectíveis.

A paixão que faltava na equipa e no Estádio encontrava-se ao rubro nos jornais e televisões onde 'notáveis' delineavam todo o tipo de estratégia para resgatar o Benfica de um Presidente que, segundo eles, estava muito próximo do andrupto-mor na primeira fase e demasiado beligerante no final do mandato. 

Começa-se a ouvir gritos de Guerra, já antes ensaiados mas agora amplificados: "Vamos lá ser sérios", "um escudo é um escudo" e "por um Benfica à Benfica" ecoavam na mente dos Benfiquistas. 

Ia começar o período mais louco da história do Glorioso onde a Guerra Civil deixou de ser travada em surdina nas trincheiras para ser uma guerra aberta onde cada lado tinha um canal de televisão, um banco, jornais. Praticamente todo o país iria participar na 'nossa' Guerra Civil incluindo tribunais, políticos... todos. 

Tivemos a exemplo de Espanha o nosso Vale dos Caídos e é sobre esse período que se debruçará o próximo capitulo






P.S. Pode ler os capítulos anteriores aqui: capitulo I, capitulo II e capitulo III


6 comentários:

  1. Cardozo fala na BTV às 21h

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    1. Vão ter q gramá-LO!!!
      Pensam q se não fosse para ficar,ELE tinha ido ao perdoa-me???
      Assobiem pah!!!
      WHO'S NEXT?????????????

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    2. Lá vamos ter que levar de novo com a ASEAAC (associação sócios e adeptos assobiadores Cardozo) versão 2013/2014...

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  2. Porra que o Toni em cima parece um dos irmãos Dupond! Ou será Dupont?
    Quem será o Capitão Haddock? Just asking.



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  3. Damásio... Can I use the shotgun please

    Rui Costa vendido,
    Schwarz vendido
    Águas baza por não querer ser treinador adjunto.
    César Brito não presta.
    Veloso é reformado compulsivamente.
    Mozer idem.
    Russos oferecidos aos do norte.
    Ailton não era bom.
    Paneira e Isaías pertenciam a um passado com história e vitórias e não serviam.

    Já vai em onze campeões...

    Veio Preud'homme... Dimas e Paulo Bento!

    Edilson era demais para os bolsos do clube (e o gajo era minúsculo)

    Caniggia veio experimentar os ares e outras coisas

    Também vieram Clóvis, Paulão, Rui Esteves, Amaral.

    Se saem 11 campeões e só entram 3/4 com qualidade... Se quem os treina era um cavalo de troia...

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  4. No primeiro ano do Artur Jorge o Paneira e o Isaias jogaram no Benfica!!!

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