Carta aberta ao rei Artur

Querido rei Artur, lembro-me de quando chegaste à Luz. Eras bom, e tinhas a missão de fazer melhor que o Roberto. Não era difícil e tu não facilitaste e desde o início mostraste ser um guarda-redes à altura. Eras um ídolo para mim e para muitos outros. 

Na tua última época em Braga, foste tu que nos tiraste a hipótese de jogar a final da Liga Europa frente ao Porto. Fizeste uma boa primeira época e se nesse ano fomos aos Quartos da liga dos campeões, também o devemos a ti. Não eras excelente, não eras um fora de série, mas cumprias. 

Na nossa inglória época do quase, começaste ao teu nível, sem grandes exorbitâncias. Continuavas a cumprir. Mas depois, veio o desastre e falhaste nos 3 jogos decisivos, e pareceu que tudo desmoronara. Um guarda-redes tem de ser sempre o primeiro a puxar pela equipa e o primeiro a dizer presente em cada jogo. Mas tu já não te conseguiste levantar. Desapareceste ...

O ano passado perdeste o lugar devido a uma lesão e tenho de admitir que foi o melhor que te podia acontecer, para não te afundares mais no buraco. Nesse ano, só te posso agradecer por teres sido tu a levar-nos à final da taça com aquela exibição no Dragão e por teres demonstrado sempre muito amor e respeito por este clube.

Já não espero que te voltes a levantar, mas espero que ajudes e transmitas aos novos o que é o Benfica.