segunda-feira, 12 de maio de 2014

Joaquim Agostinho, o herói tuga




Joaquim Agostinho, morreu fez anteontem 30 anos, após dez dias em coma em consequência de uma queda sofrida numa etapa da 10.ª Volta ao Algarve.

Agostinho é o exemplo do tuga. Era ciclista profissional mas não sabia andar de bicicleta. O sua força e capacidade para competir no ciclismo adveio, não como os demais desportistas de uma formação na modalidade, mas ao facto de ser leiteiro e de, na sua actividade profissional, desde pequeno usar a sua 'pasteleira' para entregar litros e litros do generoso liquido bovino às mais diversas aldeias da sua região oeste.

Sem nenhuma formação, Agostinho inicia-se no ciclismo aos 25 anos, no seu clube. o Sporting. Iniciou passado uns anos uma fulgurante carreira internacional que, apesar de nunca ter conquistado um titulo atingiu um segundo lugar na Vuelta e 8 classificações no Top10 do Tour.

Em 1984 e depois de correr mundo Agostinho tomba em Quarteira, ao embater num cão abandonado que atravessava a rua. O azar do tuga Agostinho não acaba nesta coisa tão tuga de abandonar animais de estimação, Joaquim Agostinho tem azar em ter caído na tugolândia e ainda pior no Algarve, uma região onde os serviços de saúde eram (ainda são?) algo de supérfluo quando comparado com as torres construídas à beira-mar.

Agostinho nasceu tuga e morreu tuga, um simples traumatismo craniano, se calhar sem nenhum problema nos Alpe d'Huez, torna-se num problema mortal entre hospitais e médicos com palpites errados. E assim perdemos um herói, antes do tempo, antes da compreensão. 

30 anos depois continuamos com saudades de o ver subir os Pirenéus com o cu no selim na maior tranquilidade enquanto os outros, iam em grande esforço, levantados a tentar 'sprintar' para subir melhor.

A Joaquim Agostinho, o nosso herói tuga, prestamos a nossa homenagem.





9 comentários:

  1. Veneras dopados? Eu não.

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    1. Joaquim Agostinho tinha tanto conhecimento de doping como eu de ciência aero-espacial. Se foi dopado foi mais vitima que réu.

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    2. Era dopado pois :
      Sei de fonte segura que era a sopa de feijão com couves, regado com um copo de tinto da adega cooperativa de Bucelas.
      Se repararem bem, nota-se no bolso de trás da camisola, o farnel dele : meia dúzia de papo-secos com chouriço assado com bagaço.
      Sou ciclista : respect......

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  2. Certo é Manuel que blogs do Sporting nunca fariam que tu fizeste.
    Somos grandes!

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  3. Por essa época ouvi dizer:
    JA cai a 200 metros da meta e é posto em cima da bicicleta e apoiado corta a meta.
    Como há uma etapa na tarde e JA segue com a camisola amarela,voluntária ou involuntariamente,segue para a pensão para descansar para a etapa da tarde e só quando algum tempo depois,quando perde a consciência,é que o levam para Faro que estava só a 20km de distancia e segundo se disse depois,esse tempo de espera,foi-lhe fatal.

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    1. Foi mais ou menos o que me lembro... não é mesmo uma atitude tuga?

      Ah com jeitinho ele dorme um bocado e isto passa...

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    2. É mais uma atitude lagarta! Vencer a todo o custo!
      É que a responsabilidade da morte deste enorme ciclista só é tuga na parte da "culpa morrer solteira".

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    3. Mas houve algum Médico envolvido nesse tempo de espera?

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    4. Eu penso que sim... ele foi assistido no local. Estavam lá muitos médicos, aliás era final de etapa estavam lá os médicos de todas as equipas e ainda o médico da volta.

      O resto não sei,

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